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Vol. 53 Núm. 1 (2021)
Artículos

Uma teoria digital do feudalismo: dinastia, poder, vassalagem e Estado no game Crusader Kings (2012-2020)

Felipe Augusto Ribeiro
Universidade Federal de Pernambuco

Publicado 2022-03-22

Palabras clave

  • game,
  • feudalismo,
  • vassalagem,
  • Estado,
  • neomedievalismo
  • game,
  • feudalism,
  • vassality,
  • State,
  • neomedievalism

Cómo citar

Ribeiro, Felipe Augusto. 2022. «Uma Teoria Digital Do Feudalismo: Dinastia, Poder, Vassalagem E Estado No Game Crusader Kings (2012-2020)». Medievalia 53 (1):191-219. https://doi.org/10.19130/medievalia.2021.53.1.25628.

Resumen

Este texto trata da representação de elementos considerados “medievais” no mundo dos videogames. Abordando a série Crusader Kings, ele investiga como os desenvolvedores do jogo operaram alguns conceitos caros à História Medieval, como dinastia (ou família), vassalagem e Estado, a fim de propor desafios capazes de entreter os jogadores. A problematização lançada sobre a obra passa por algumas perguntas: como o game retrata a dinastia ou a família medieval? Como ele compreende a vassalagem? Que conceitos tem de poder, feudalismo e Estado? Em vista delas, o trabalho objetiva fazer uma análise introdutória ao título, mediante o emprego de um método descritivo que observa, parte a parte, os elementos centrais do jogo. Partindo da premissa de que os videogames, enquanto obras da cultura neomedievalista, assumem e reconstroem visões particulares da História, a reflexão esboça uma hipótese: a de que, para dar significado aos desafios que deseja propor aos jogadores, o game veicularia uma verdadeira teoria digital do que teria sido a Idade Média, com o seu feudalismo supostamente intrínseco.

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